Porque nunca me faltou assunto, nunca mesmo.
Eu poderia ficar horas e horas dizendo coisas e mais coisas sobre determinada coisa (e tô nem ligando pro pleonasmo).
Mas quando eu penso no que postar, e determinei pra mim mesma que esse não é mais um "diário", que eu quero mesmo é dizer coisas que me interessam, assuntos do dia-a-dia...e que diário por diário eu tenho o fotolog e o outro blog, eu sento aqui abro a página do blogger.. e não sai nada!
E aí eu penso no que poderia ser escrito e vejo que além de marido-filho-trabalho... eu não tenho assunto.
Tô bloqueadíssima.
Faz meses que eu não leio um livro legal (o último foi Ponto de Impacto do Dan Brown em Outubro passado), falar de filmes, ao menos que sejam divagações e filosofia sobre a história e/ou personagens eu acho um pouco fútil (não que eu nunca tenha feito, já fiz e muito), e mais nada.
Me sinto mal. Muito mal por isso.
Porque se eu num tenho assunto é porque eu num fui buscar, e isso quer dizer que eu tô resumindo a minha vida num (nada X nada) x rotina.
E meu...num é bem assim...eu saio todos os fins-de-semana.
Porque continuo sem ter o que falar?
Leio o dia inteiro, porque quando não estou trabalhando (e eu digo efetivamente) estou lendo alguma coisa na Internet (meus olhos até doem no fim do dia).
O que acontece então? Bloqueio mental? Rotina? Repetição? (ok, outro pleonasmo, e daí?) Falta de assunto?
Sinceramente eu não sei.
Tô começando a duvidar que é tudo isso junto, misturado com um pouco de cobrança de querer e ter que ter o que falar.
Falar sobre tv? BBB? Novela?
Adoro tudo isso. Mas num é bem isso.
Claro que a falta de concentração de blogar aqui no trabalho dificulta um pouco as coisas, a linha de raciocínio.
As vezes parece que eu esgotei a fonte de boas idéias.
Antes era um rio, um rio tão grande e tão denso. Escrevia..escrevia... e nem tinha blog, perdi o número de .doc que tinham no meu PC.
Escrevia por escrever, pra por pra fora. e não pra publicar.
Escrevia porque tinha assunto, opinião, idéias e ideais.
Publicar textos antigos pra mim é heresia.
Começo a sentir muita falta de sair, ouvir opiniões diferentes, conhecer gente nova, conhecer idéias novas, lugares novos, vozes novas, filosofias novas.
Descobrir.
Me aventurar.
Aventuras novas, com novas cores, novas formas.
Será possível aos 22. Eu tenho que acreditar que sim.
Porque eu já estou enjoada do mesmo azul, vermelho, verde e amarelo.
Estou enjoada da mesma vida, mesmo passeios, mesmos roles.
Essa não sou eu.
Eu sou aquela que programava algo novo todo fim-de-semana, que quer conhecer a exposição tal, o autor tal, o livro tal, que lê música, que interpreta letras e poesia.
Eu sempre fui aquela que não me conformei em viver o mesmo dia todos os dias.
O mesmo fim-de-semana todas as semanas.
Preguiça?
Falta de vontade? Por que?
Eu nunca fui assim.
Se eu fosse ignorante talvez eu seria mais feliz, me conformaria com uma vidinha besta e chata, rotina, conformismo.
E não me sentiria mal por não ter o que falar, não ter experiências para divagar sobre.
Vazio. muito vazio.
Triste isso não?
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